Este post é dedicado a futuros pais e mães à espera do primeiro filho, pessoas responsáveis, cuja gravidez é no mínimo bem-vinda, ainda que não planejada.
- INFORMAÇÃO. O pior inimigo dos pais de “primeira viagem” é a insegurança e esta, quase sempre, vem da falta de informação. Leia, pesquise, faça cursos (de gestante, amamentação, shantala, etc) tire dúvidas com profissionais e converse com pessoas que passaram pela mesma experiência recentemente.
- ORGANIZAÇÃO. Se você não gosta de organização essa é a hora de mudar. A chegada de um bebê exige muito da atenção dos pais, muitas vezes sobrecarregados e sem a ajuda de terceiros. Logo, cada coisa deve ter o seu lugar e todos devem saber onde fica cada item.
- PROJETOS. Finalize todos os projetos pendentes (estudo, profissional, reforma de imóvel, etc) pois com a chegada do bebê as coisas poderão ser postergadas por tempo indeterminado.
- VAIDADE. Toda mulher fica bonita grávida, desde que se cuide! Faça uma atividade física leve, cuide das unhas, dos cabelos, da pele (cuidado com o sol!), hidrate o corpo, beba muito líquido. Vista roupas adequadas e confortáveis.
- ESTRESSE. Ouça músicas suaves, coloque as pernas pra cima, fuja de problemas evitáveis, relaxe (sente-se no chão encostada numa parede, pernas dobradas, inspire e expire), durma bastante, passeie. Aceite a fragilidade temporária, pegue leve e aproveite.
- DIREITOS. A grávida e a lactante tem direito a atendimento preferencial (Lei n. 10.048/00, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10048.htm). Leve sempre o exame de ultrassom ou a certidão de nascimento do bebê na bolsa.
- ALIMENTAÇÃO. Alimente-se como gostaria que seu filho comesse: muitas frutas, verduras, legumes, sucos, grãos, fibras e laticínios. Nada de excessos: aumentar até um quilo por mês é saudável e normal.
- COMPRAS. Bebês são básicos, no entanto, alguns pais extravasam sua veia consumista em nome do rebento que vai chegar. Faça uma lista enxuta e deixe o supérfluo para receber como presentes de amigos e familiares.
- HOSPITAL. Conheça a maternidade onde pretende ter o bebê. Arrume as malas pelo menos 15 dias antes da data prevista para o parto. Mantenha uma pasta com toda a documentação necessária (exames recentes, cartões de plano de saúde, lista de alergias, cartão de vacinas) e o telefone do médico em local de fácil visualização.
- PARTO. Leia, pesquise, converse, informe ao médico sua decisão, programe-se, mas não seja inflexível. Quando se trata do nascimento de bebês tudo pode acontecer e, (in)felizmente não temos a ingerência que gostaríamos sobre este assunto. Afaste os mitos e encare a verdade: qualquer parto tem seus `prós` e `contras`.
- AMAMENTAÇÃO. Não obstante se tratar de um meio de nutrir o bebê é, também, um ato de amor. É cansativo, dói no início, requer disciplina, organização, persistência. Se você já fez de tudo (tudo mesmo!) e não consegue amamentar o bebê, ofereça o alimento prescrito pelo pediatra e seja feliz sem culpa.
- DOENÇA. Fique atenta a sintomas estranhos e não se desespere. Anote o telefone do pediatra em local bem visível, reserve uma pasta só para as receitas médicas do bebê e anote a prescrição médica na caixa do remédio.
- VACINA. Mantenha a vacinação em dia (a sua e a do seu filho). A maioria das vacinas está disponível na rede pública (converse com o pediatra sobre eventuais diferenças existentes com relação às particulares).
- CÓLICA. Sim, ela existe. Você vai se desesperar, perder horas de sono, achar injusto tanta dor num ser tão pequeno, sabendo que apenas a maturidade do organismo do bebê findará o sofrimento.
- PEDIATRA. Não é só questão de competência mas de empatia. Marque uma consulta antes do parto para conhecer e tirar dúvidas.
- EDUCAÇÃO. Os pais devem alinhar o discurso sobre a educação que será dada ao filho desde cedo: é muito confuso para a criança receber ordens diferentes para uma mesma situação. Delimite os espaços dos familiares.
- CRIAÇÃO. Decida sobre os cuidados iniciais, higiene e a rotina do bebê deixando tudo bem claro para cuidadores, familiares e ajudantes.
- BABÁ. É difícil cuidar de um bebê sozinha, mas não é impossível. Se optar por não contratar uma babá encontre uma pessoa para auxiliar nas demais tarefas domésticas (inclusive lavagem de roupas do bebê e limpeza do quarto).
- MEMÓRIA. Estudos mostram que após o parto a mulher pode apresentar distúrbios de memória principalmente em razão do sono fracionado. Logo, deixe um caderno no quarto do bebê para anotar tudo (mudanças de comportamento, hora de amamentação, momentos e saltos de desenvolvimento, sintomas estranhos, dúvidas, lista de compras, etc) e fixe um quadrinho de pincel atômico na parede para lembretes rápidos.
- SONO. É verdade, nunca mais seu sono será o mesmo de antes. Estabeleça uma rotina para que o bebê consiga dormir bem a noite inteira o quanto antes. Sempre que possível priorize o seu sono: é a forma saudável de ter energia e estar bem para a jornada do dia seguinte.
- TEMPO. Procure administrar o tempo reorganizando a rotina pessoal, profissional e da casa. Faça planilhas de atribuições diárias para cuidadores e ajudantes. Programe sua semana no domingo.
- PRATICIDADE. Torne-se uma pessoa mais prática e objetiva: com uma rotina organizada e programada, você conseguirá cumprir todos os seus compromissos sem prejudicar o convívio com seu bebê.
- MUDANÇAS. Um filho chega para mudar, em geral, para melhor. Ajuste-se à sua nova condição - mãe/pai – sem esquecer que existe um mundo além dele.
- RELACIONAMENTO. O casal sentirá os “efeitos colaterais” da chegada do bebê: falta de energia, intimidade, humor, disposição. Superado o período crucial (primeiros três meses) as coisas tendem a se normalizar. Paciência, companheirismo, compreensão e sensibilidade são fundamentais.
- EXPERIÊNCIA. Ter um filho é uma experiência ímpar: nenhum outro momento da vida consegue ser tão expressivo e marcante como a ma/paternidade. Curta cada instante, precioso e fugaz. Invista tempo e sentimentos bons nesta relação que promete ser a mais prazerosa e intensa de sua vida!